Batman - Cavaleiro das Trevas Ressurge

The Dark Knight Rises - 2012

Um dos filmes mais aguardados de 2012 que chegou com a promessa de fechar com chave de ouro uma das melhores, se não a melhor, adaptação de um personagem de HQ para os cinemas. E ainda carrega consigo a dura tarefa de ser melhor ou pelo menos igual ao seu antecessor, o Clássico Moderno: Batman – Cavaleiro das Trevas.  Inclusive pegando carona no sucesso do anterior, já que é totalmente desnecessário, em minha opinião, usar novamente o titulo “Cavaleiro das Trevas”. Bastaria “Batman Rise” – O que fica também condizente com a historia da trilogia. O longa foi filmado em tecnologia IMAX e 3D, mas resolvi ver na forma convencional mesmo. Fugindo ao máximo da bagunça  da estreia, só fui ver quase um mês depois e quase que perco a sessão legendada. 

Percebe-se que o filme tem total ligação com seus anteriores, mesmo sendo filmes com historias “fechadas”. É notável, principalmente neste ultimo que existe todo um arco de historias que permeia a trilogia. Cheio de referências aos dois primeiros, eu particularmente acho que se deve ver os anteriores para ter um total aproveitamento deste ultimo. Mas percebi que muita gente que não viu os outros Batmans também gostou bastante esta terceira parte.

Oito anos se passaram após a morte de Harvey Dent, e Gotham está pacificada e não precisa mais do Batman. Mas atentados terroristas obriga Bruce Wayne a sair da reclusão para ser derrotado pelo vilão Bane e ver sua cidade cair em ruínas. Associando forças com Selina Kyle, A Mulher Gato, Batman tenta mais uma vez derrotar Bane e salvar a cidade. 

O diretor Christopher Nolan mantém a mesma  narrativa instigante usada nos filmes anteriores, que busca ancorar o herói em um universo realista, mas ainda assim existe algumas “anomalias” que fica difícil associá-los a realidade. Bane tem um visual bacana, mas me lembrou  muito dos ninjas do jogo/filme Mortal  Kombat. A armadura do Batman também, sempre que eu o via vestido achava ele muito “emborrachado” sem contar os olhos pretos por baixo da mascara. Mas antes assim do que personagens criados por computador. Já os atores estão ótimos. Hathaway esta linda como Mulher Gato, mas ainda não sei dizer se é melhor que a Michelle Pfeiffer, visualmente falando, claro!  Michael Kane também manda bem como Alfred. Neste ultimo filme ele esta meio rabugento tratando Bruce Wayne como um menino pirracento, mas é papel fundamental na trama. 

O filme é longo, acho que o maior dos três, em alguns pontos fica um pouco arrastado, mas Nolan mantém o clima de tensão crescente, que prende a atenção para os momentos finais. Já o final, não correspondeu com a expectativa criada durante o filme. A reviravolta da trama ficou muito brusca, parecendo uma solução arbitraria para poder se encerrar logo o filme. Mas ainda assim ele se salva com montagens paralelas que se justapõem as consequências dos eventos, chegando a trazer esperanças para próximas continuações.

Mesmo não correspondendo a todas as expectativas o filme atendeu bem ao seu propósito  fechando a trilogia de forma épica, deixando espaço para continuações assim como mantendo aberto para especulações com relação de seus personagens do filme e seus futuros. Só acho que o diretor perdeu uma ótima oportunidade de encerrar o filme de uma forma mais abstrata. Se fechasse a ultima cena no Alfred, deixaria a imaginação do espectador avaliar as possibilidades estendendo o filme para alem da tela. Da mesma forma que fez com Inception.

IMDB: 8,9

NOTA: 9/10